domingo, 25 de julho de 2010

"Intervenção Amigável"


Este exercício denominado por "Intervenção Amigável" tem a finalidade de interligar três espaços desnivelados existentes entre o edifício da Reitoria, edifício de Pós-Graduação e o patamar envolvente do Bar e Biblioteca por intermédio de rampas facilitando desta forma o acesso aos mesmos por pessoas de mobilidade reduzida.
Sempre com o objectivo de ser o menos invasivo e de uma integração total na envolvente a solução por nós encontrada contraria de certa forma as linhas de força verificadas no local, no entanto permite dessa forma que o acesso se desenvolva em lanços mais curtos possibilitando a quem a percorre mais momentos de descanso, ao reduzir a área de intervenção não existirá necessidade de derrube de árvores, apenas a transplantação de um pequeno arbusto.
A não ortogonalidade do último lanço permite que o desenvolvimento dos movimentos naturais provenientes das escadas se mantenham com um fluxo normal e sejam visualmente direccionados, funcionando desta forma como um elemento captor de pessoas.




autores: Rogério Soares, Raquel Campos e António Silva

sexta-feira, 23 de julho de 2010

Módulo Urbano - MUR


A elaboração deste projecto teve como objectivo principal a criação de um equipamento plurifuncional de carácter urbano, portanto este equipamento deveria dar uma resposta eficaz a uma grande variedade de funções que lhe estão adstritas tal como a venda de bilhetes para espectáculos, posto de informação turística, pequenos espectáculos, eventos, etc.,etc...
Assim para que a resposta pretendida fosse efectiva foram identificadas as seguintes funcionalidades que o equipamento deveria possuir:
• Identificação do equipamento;
• Painel informativo;
• Mapa da cidade;
• Projecções vídeo;
• Palco;
• Área restrita;
• Sanitários públicos.
O local de implantação do equipamento foi definido tendo em conta o espaço urbano onde se interceptam os principais enfiamentos da cidade assim como a configuração da margem ribeirinha, por excelência uma zona de fronteira.
Com esta localização pretende-se que o equipamento tire partido do espaço envolvente explorando os diferentes quadros pictográficos gerados, e criando uma vivência condizente com o programa.


A configuração do equipamento é definida por três corpos que se interceptam segundo a orientação dos eixos da cidade.
Ocupando uma área aproximadamente de 60m2 os corpos em betão armado à vista com a sua forma singular despertam a curiosidade, convidando de forma subtil a sua exploração.
Através das suas três entradas envidraçadas configuram-se três amplas janelas criando uma percepção interior projectada sobre os alinhamentos.
A sala polivalente poderá albergar diferentes eventos como os definidos pelo programa dispondo para tal de uma área de apoio restrita, e sanitários.
Os caminhos de circulação articulados pelos diferentes corpos foram concebidos de forma a propiciar a realização de pequenas exposições.
O átrio principal alberga a recepção e painel informativo interior.
Exteriormente está disponível junto a uma das entradas um painel informativo do tipo digital “touch screen” articulado com os sistema de informação geográfica urbana permite o acesso múltiplos dados.
A identificação do equipamento tira partido do método construtivo pela impressão em negativo da sua designação deixando na superfície do betão um registo de grande dimensão dissimulado na sua textura.

autor: Rogério Soares

quinta-feira, 22 de julho de 2010

Livraria Lello & Irmão

A Livraria Internacional, conhecida por Livraria Chardron,de Ernesto Chardron foi fundada em 1869, na Rua dos Clérigos, nº 96-98, Porto.
O edifício actual da Livraria Lello & Irmão está situado na Rua das Carmelitas, nº 144, Porto, (um projecto do engenheiro Xavier Esteves) e foi mandado construir propositadamente para esse fim.
A fachada, em estilo neogótico, é formada por um arco abatido, sobre a entrada, um conjunto de uma porta central ladeada por duas montras (expositores públicos). Sobre o arco, foi aberta uma janela tripla e por cima desta é de realçar o rendilhado que encima o edifício. Dos lados da janela, sobressaem as figuras pintadas que simbolizam, uma a Arte e a outra a Ciência. O resto da fachada completa-se com ornamentação fitográfica e com o nome da livraria. Por se tratar de um exemplar único do seu estilo, encontra-se classificado como património Nacional.
No interior da Livraria, foi criado um ambiente acolhedor, com uma galeria de acesso à escada ornamental, por entre mesas que servem de expositores de livros. Bancos em madeira revestidos a couro e estantes a toda a altura da sala completam o espaço interior. Os pilares são decorados pelos bustos de homens de letras (Eça de Queirós, Camilo Castelo Branco, Antero de Quental, Tomás Ribeiro, Teófilo Braga e Guerra Junqueiro), cobertos por baldaquinos, rendilhados em estilo gótico.
O tecto, lavrado, é centralizado por um vitral que confere ao ambiente uma luz difusa e aconchegante, onde se pode ler o “L” de Lello e “Decus in Labore”.Este edifício, apesar da sua funcionalidade, trata-se de um ícone da cidade do Porto. Por essa razão a vivencia deste espaço não é somente vivido pelo intelectual que procura um determinado título que lhe falta na sua biblioteca ou pelo estudante que procura um livro que o ajude a formular um trabalho ou até pela avó que quer oferecer um livro de conto ao seu neto, mas além disso, por pessoas que ao passar pela primeira vez pela frente desta livraria, não ficam alheias à sua originalidade e entram para a conhecer, ou por turistas que souberam da sua existência através de um site ou de um folheto turístico. Por este motivo a Livraria Lello tem uma vivência que vai para além do mero comércio de livros, para ter o papel de Galeria de Arte, edifício histórico, local de convívio e de tertúlia.
autor: Raquel Campos

terça-feira, 20 de julho de 2010

Análise de um Percurso Urbano


Quem parte da Praça da Batalha, junto à Igreja de Sto Ildefonso, passando pelo Teatro Nacional S. João em direcção ao Largo 1º de Dezembro, cruza um espaço que explode de vida e aonde tudo acontece. Este espaço pode ser reconhecido como um palco pois todo ele é movimento, ruído, odor, contraste e textura, provocando as mais variadas sensações a quem o percorre.
À medida que vamos progredindo, somos confrontados, com uma visão serial que nos revela uma sucessão de diferentes cenários. Conseguimos assim distinguir uma sequência de contrastes que nos provocam um conjunto de diversas vivências estimuladas por um forte impacto visual. Estas são despertadas não só pela variedade das formas geométricas que vamos descobrindo na paisagem, ou pela falta das mesmas, assim como pelos elementos que se interpõem no nosso campo visual, transmitindo-nos uma sensação de mistério, que vamos desvendando à medida que exploramos o ambiente que nos rodeia, experimentando assim ambiências diferentes em cada espaço que transpomos.
Neste percurso, encontramos uma enorme variedade de texturas que conferem aos espaços uma personalidade e vitalidade próprias, criando uma padronização funcional que são facilmente identificados por quem os utiliza. Para além da padronização funcional a utilização diversificada de texturas é aqui empregue como organizador e delimitador do espaço. Verifica-se também a utilização de pinos que restringem o trânsito automóvel, criando desta forma um código para a sua circulação.
A diversidade de texturas e a harmonia na sua utilização articula e distingue os elementos arquitectónicos envolventes, conferindo expressão aos diferentes espaços e funcionando como elemento de conexão entre a superfície e os edifícios.

autores: koolkase

segunda-feira, 19 de julho de 2010

Catedral Protestante de Dresden - Frauenkirche

A Catedral Protestante de Dresden, Frauenkirche – Igreja de Nossa Senhora construída entre 1726 e 1743, da autoria de Geoge Bähr (1666-1738) durante o reinado de Frederico Augusto I (Friedrich August) e do seu filho Frederico Augusto II, rei da Prússia.
A catedral protestante de Dresden, de estilo barroco tardio, já com influências do rococó, é um bom exemplo de como se pode aplicar uma estrutura católica a uma igreja protestante. A planta quadrangular exterior de aspecto robusto e simétrico contrasta com o interior, de planta circular com balcões, dando-lhe o aspecto de teatro, encimado por uma abóbada no alto de pilares de 18 m, decorada com uma delicadeza de pormenores dos quais se destacam os querubins, os capitéis dourados, os painéis marmoreados e a abóbada com frescos representando os quatro evangelistas e as quatro virtudes.
Esta catedral sofreu uma grande reforma no início do séc. XX, poucos anos antes do bombardeamento dos Aliados, em 13 de Fevereiro de 1945, a que se seguiu um incêndio que levou ao seu colapso dois dias depois. Permaneceu num monte de escombros até um grupo de entusiastas, nos anos 90, começar a arrecadar fundos para o seu restauro. Os trabalhos de limpeza e armazenamento das peças tiveram início em 1993 e o restauro foi finalizado em 2004.
A Frauenkirche é o edifício protestante mais significativo do “Sacro Império Romano-Germânico”, tendo-se tornado num trabalho relevante da arquitectura.
A arquitectura barroca caracteriza-se por sintetizar o dinamismo e a sistematização de formas, em que os espaços apresentam movimento através da plasticidade dos materiais empregues. Uma planta centralizada volta a ter um significado elementar, que retrata os estados absolutistas em que o rei era o centro do poder e da Igreja.
autor: Raquel Campos

domingo, 18 de julho de 2010

Casa de Sísifo I

Deus da mitologia “Sísifo” encarna e desfruta de uma vida terrena, mas, as suas aspirações a uma vida eterna não foram bem recebidas pelos seus superiores. Condenado para a eternidade à rotina de subir a montanha com uma pedra, o seu trabalho rotineiro não tira sentido à sua existência, e reforça capacidade de ver para além do imediatismo da imagem.
Propor um espaço de habitar reflectindo a configuração do movimento como forma de organização das rotinas, desencadeou um processo de estudo cujos resultados, determinaram na génese, a forma apresentada.




Maqueta produzida por mim e que esteve presente na EXPO 2008_09 Arquitectura e Urbanismo que decorreu na Universidade Fernando Pessoa entre os meses de Julho e Setembro de 2009.

autor: Rogério Soares

segunda-feira, 12 de julho de 2010

Oscar Niemeyer - Casa das Canoas

Óscar Ribeiro de Almeida de Niemeyer Soares nasceu no Rio de Janeiro em 15 de Dezembro de 1907. É um dos principais representantes da Arquitectura Moderna Internacional. O seu trabalho explora ao máximo as possibilidades construtivas e plásticas do betão. Dos seus trabalhos mais significativos pode realçar-se os edifícios públicos que desenhou para a Nova Capital, Brasília, entre muitos outros.

Casa das Canoas (1953)
Residência pessoal do arquitecto Óscar Niemeyer, incorpora uma arquitectura com a maioria dos parâmetros do modernismo, com uma abordagem pessoal do autor. Niemeyer opta por uma forma mais orgânica que não seja uma caixa rectangular com transparência máxima, e explora a ligação à natureza.
Nesta casa aponta-se várias similaridades com casas de outros arquitectos. Do organicismo de Frank Lloyd Wright encontramos, nas Casas da Pradaria, a organização interior dos planos em cruz, tendo o eixo junto à lareira, assim como as coberturas com grandes beiradas, para proteger o interior do calor do sol no Verão. A Casa da Cascata desenvolve-se a partir das pedras de uma cascata que são deixadas em bruto junto à lareira. Existe uma porta com a única finalidade de aceder à cascata (ligar à Natureza). Na casa Hemiciclo Solar é criada uma ligação entre o interior e o exterior com uma piscina circular que entra na sala de estar, sendo dividida pela janela. Como materiais de construção utilizava além do betão, materiais locais.

Maqueta virtual
No âmbito da disciplina de Computação Gráfica foi executada uma maqueta virtual, que serviu como base à exportação de imagens a serem utilizadas num painel.


autor: Raquel Campos

Adolf Loos - Casa Steiner



Adolf Loos (1870-1933) nasceu na cidade de Brunn (actual Brno), na República Checa. Foi um notável arquitecto, viajou por toda a Europa exerceu a sua profissão durante longos anos na Áustria, onde acaba por morrer na cidade de Kalksburg (actual Viena).
A sua fulcral preocupação enquanto arquitecto foi sobretudo o interior da esfera privada das pessoas, para ele o domicílio “é uma zona de intimidade e uma área de refúgio num ambiente de comportamento social”, por tal poucos arquitectos estudaram como ele a questão da habitação, da decoração interior e a cultura.
Nutria enorme admiração pela cultura anglo-americana, considerando-a “um paradigma da qualidade de vida contemporânea”.
Como linguista genial, Loos escreveu o ensaio/manifesto intitulado “Ornament und Verbrechen” (Ornamento e Crime), criticando o uso do ornamento na arquitectura do final do século XIX, considerando-a abusiva.
Loos, cria e desenvolve o conceito de “Raumplan”, em que a arquitectura é a composição espacial consolidada, planificando o espaço e traduzindo-o em planta.



CASA STEINER

A Casa Steiner (1910), em Viena foi a primeira, de um conjunto onde ele desenvolveu o seu conceito do “Raumplan”, fazendo dele um pioneiro significativo do Movimento Moderno.
A Casa Steiner seguiu rigorosamente os regulamentos impostos na área de vivendas de Hietzing, onde só era permitida a construção de casas de um piso, Loos para contornar esta imposição utiliza um estratagema criativo e projecta um telhado semi-circular que pronuncia a transição entre a fachada principal de um piso e a fachada posterior de três pisos. O cumprimento das imposições que Loos se viu obrigado a seguir teve sem dúvida influência no resultado final atingido.
Possuidora de fachadas em betão, planas e limpas de ornamentos, quase que austera, contrasta com o seu interior intimista e de alta qualidade representa assim a forma de pensar arquitectura do seu autor.
Apesar das fachadas principal e posterior serem quase simétricas, a planta interior apresenta um desenho totalmente assimétrico.
O acesso principal à casa é centrado e dirigido para um átrio que faz a distribuição para os diversos compartimentos e de onde nascem os acessos aos pisos superiores.
A sala que atravessa toda a largura da casa funciona como sala de estar e sala de jantar, ao interligar esta ao terraço do jardim, transmite uma continuidade espacial.
A colocação das janelas em determinados pontos da casa têm como propósito único a entrada de luz e não servirem de meras vistas para o exterior.
Para Loos, é indispensável a observação inteligente da envolvente, defende a importância dos materiais e da sua verdade. Cada obra é especifica e tem uma atitude própria e dotada de universalidade.


A casa Steiner encerra em si toda a forma de pensar do seu autor.


MAQUETA E DESENHOS

Trabalho realizado para a Disciplina de Projecto III, que tinha por objectivo a investigação, análise e elaboração de uma critica original sobre uma casa paradigmática da arquitectura recente.Deste trabalho era parte integrante a execução de desenhos a rigoroso (plantas, cortes e alçados) e maqueta desmontável com todos os interiores.






autor: Rogério Soares