domingo, 21 de novembro de 2010

Esboços - Viana do Castelo

As aulas começaram, as frequências e entregas sucedem-se a um ritmo alucinante para quem como nós trabalha e estuda, o tempo rareia e as postagens escasseiam, mas sempre que tivermos oportunidade cá vos deixaremos algo que julguemos interessante. Obrigado.


Praça de S. Domingos

Igreja da Senhora da Agonia
 
Campo da Agonia

Vista de Rua

Esboços executados a marcador durante uma visita à cidade de Viana do Castelo no final do mês de Setembro.
autor: Rogério Soares

domingo, 5 de setembro de 2010

Habitação Multifamiliar II

Objectivos:
- Desenvolver as capacidades de representação e desenho arquitectónico desenvolvendo um estudo/projecto de um edifício de habitação multifamiliar.
- Desenvolver as tipologias de habitação e a relação dos espaços com o exterior.
- Realizar um peça arquitectónica que possua uma base conceptual consistente, uma análise cuidada do local e da envolvente.
- Desenvolver as capacidades de conceber um edifício considerando as suas componentes construtivas e a diversidade de materiais e técnicas de execução existentes
Caracterização do local:
Após apresentação do programa do trabalho a desenvolver, houve a necessidade de tomar conhecimento do local de implantação da proposta, o tipo de construção existente, os percursos, tanto pedonais como automóveis e as utilizações do espaço.
O local é caracterizado por construções difusas e incaracterísticas sem qualquer planeamento urbanístico. Vários percursos se cruzam numa das extremidades do terreno provocando um ponto de conflito, pois um passadiço em madeira é interrompido pela existência de uma construção, obrigando os transeuntes a circunda-la e por sua vez a atravessar o acesso automóvel aos abrigos pesqueiros. O local é uma zona balnear, sazonal, com infra-estruturas de restauração praticamente desertas devido ao reduzido número de pessoas locais.
O edifício a propor teria assim de assumir um papel dinamizador e de correcção das deficiências encontradas.
O conceito:
Conceber uma proposta espacialmente perfeita, que corrija todos os problemas de movimentação, fundindo os percursos com ela mesma.
Surge assim, um edifício permeável, que se eleva do solo tornando-se leve e evitando desta forma uma interposição entre as pessoas e o infinito do mar, ao mesmo tempo deixa-se penetrar pela continuidade do passadiço existente, compondo com este uma única forma, criando um laço entre os dois elementos, ar e terra.
autor: Raquel Campos

terça-feira, 24 de agosto de 2010

Esboços - Salão de Chá da Boa Nova - 2008




Esboços realizados por mim em grafite e marcador no decorrer do ano de 2008.
autor: Rogério Soares

segunda-feira, 23 de agosto de 2010

Esboços - 2009

Edificio Reitoria UFP - Caneta Bic Fina
Habitação Arca d' Água - Caneta Bic Fina
Abrigo Estudo Formal - Caneta Bic Fina
Exercicio - Grafite
Edificio Porto - Caneta Bic Fina
Edificio Gondomar - Grafite

Alguns dos muitos mas sempre poucos esboços realizados por mim no decorrer do ano de 2009.
autor: Rogério Soares

sábado, 14 de agosto de 2010

Igreja do Mosteiro do Salvador de Paço de Sousa


Este monumento designado pelo nome de Igreja do Mosteiro do Salvador de Paço de Sousa, está localizado na freguesia de Paço de Sousa, concelho de Penafiel, distrito do Porto.
A construção do Mosteiro de Paço de Sousa, teve início, de acordo com os registos da época citados do Boletim nº 17 da Direcção Geral dos Monumentos Nacionais de Setembro de 1939, no ano 998, e foi utilizado pela ordem dos Beneditinos. Da construção original não há qualquer registo e em 1088 a igreja foi substituída por um templo maior, consagrado em 29 de Setembro pelo arcebispo de Braga D. Pedro. Apresentando o túmulo de Egas Moniz, pensa-se que este terá residido (ou nascido) no mosteiro onde foi sepultado.
Em 1834, com a extinção das ordens religiosas, o Mosteiro de Paço de Sousa foi vendido em hasta pública e a igreja entregue à administração da paróquia local. A falta de recursos para manter o edifício levou à rápida degradação que culmina com o incêndio em 1927. Recuperado pela Direcção Geral dos Monumentos Nacionais, foi-lhe restituída a sua forma arquitectónica, o mais próxima possível do original.
Anterior à recuperação da DGMN
Após recuperação da DGMN
É um Monumento do tipo Igreja/Mosteiro e está definido como pertencente ao estilo Românico Nacionalizado.
Pode-se afirmar que o referido Monumento se encontra num estado de conservação bastante razoável estando classificado como Monumento Nacional desde o ano de 1910.
O Monumento encontra-se actualmente ainda a ser utilizado para a realização do culto religioso, podendo o mesmo ser visitado por marcação, sendo esta gratuita. 

A Igreja pertencente a um mosteiro Beneditino da época medieval possui na sua arquitectura vários elementos de características românicas, sendo de salientar no entanto, que são visíveis elementos de diferentes correntes estilísticas no mesmo, porventura resultantes das diversas intervenções de que o edifício foi alvo no decorrer dos séculos. No interior da igreja é possível admirar o túmulo românico de D. Egas Moniz. Podemos ainda constatar pela observação das gravuras esculpidas nas pedras tumulares que o mesmo resulta de duas épocas distintas.
O conjunto apresenta uma forma proporcionada, integrada no espírito do local. O vale agrícola que suporta o mosteiro cria protecção e o rio completa o simbolismo da tríade céu, terra e água.

A Igreja composta por três naves, com três tramos e um falso transepto, possui uma estrutura do tipo basilical onde a nave central se apresenta mais elevada. É iluminada por pequenas frestas e coberta por tectos em madeira.
As naves encontram-se separadas por arcos quebrados assentes sobre pilares de secção cruciforme.
A cabeceira é composta por uma torre lanterna sobre o cruzeiro do falso transepto, pela capela-mor de planta rectangular e dois absidíolos laterais de planta semi-circular sendo estes cobertos por abóbadas de quarto de esfera.
A fachada da Igreja apresenta um portal de cinco arquivoltas assentes em colunelos, sendo enquadrada por dois contrafortes laterais. Destaca-se ainda na zona mais alta, uma rosácea generosa de círculos encadeados.
A escultura, considerada como a principal forma de expressão artística do mundo medieval, pode ser identificada na igreja do Mosteiro do Salvador de Paço de Sousa tanto no seu interior assim como no exterior.
Exteriormente identificam-se dois portais, um principal e um lateral. O primeiro, configura-se com a sua forma característica convergente, com colunelos de secção circular e prismática, com capitéis decorados com motivos vegetalistas que suportam cinco arquivoltas ornamentadas com perlado; o portal lateral configura-se com três colunelos de cada lado e apresenta os capitéis decorados com motivos geométricos e vegetalistas.
O tímpano apresenta uma inscrição ladeada por dois baixos-relevos com figuras humanas de braços erguidos ao céu, dando suporte ao sol e à lua respectivamente, numa alusão que poderá ser identificada com dois evangelistas. A entrada é protegida por um busto humano e outro bovino. O todo reflecte, de forma iconográfica, características do românico.
No interior verifica-se a ausência de talha decorativa, madeiras e outros ornamentos. Os frisos de decoração de tema vegetalista, enquadram o interior da igreja iluminada por pequenas frestas que filtram a luz, conferindo ao ambiente um aspecto místico focado no altar.
As colunas são decoradas com capitéis que apresentam temas vegetalistas e figuras apocalípticas.
O túmulo de Egas Moniz está decorado com altos e baixos-relevos, narrativos dos momentos mais importantes do percurso da sua vida até ao limiar da morte e salvação da alma. Alguns destes relevos aparecem perspectivados e com a ideia de movimento.
A história da arte passa invariavelmente pela sua principal forma de expressão que é a arquitectura.
Esta igreja é um dos monumentos mais representativos do estilo românico,  reunindo um conjunto de características que reflectem claramente o ambiente e a forma de pensar da época.
A partir do monumento observado, enquadrado com o vizinho, Mosteiro de Cete, ambos resultam da fixação de estruturas monásticas promovidas com o objectivo de ocupar e organizar uma região que aos poucos ia criando a sua identidade e reconquistando um espaço geográfico sob o domínio árabe. A igreja de Paço de Sousa permite identificar algumas das características do estilo românico. Com um enquadramento rural, evoluindo a partir de edificações do século X, esta igreja reflecte a forma de construir característica da Europa Central.
Sob as ameaças do terror, morte, fome, peste e guerra, a luta pela sobrevivência aparece configurada numa igreja/fortaleza de três naves, combinando a função religiosa e militar.
A estrutura de paredes sólidas, estabilizadas por contrafortes e as coberturas suportadas por colunas articuladas por arcos quebrados, dão ao edifício um aspecto exterior enquadrado num mundo adverso cuja passagem ao interior se prefigura por um portal convergente que convida na entrada a uma ordem organizada a partir de um interior reflexivo de luz controlada.
Procurar, visitar e interpretar, corresponde a um exercício cujo esforço resulta no conhecimento e na capacidade de ver para além do momento.
autores: koolkase

domingo, 1 de agosto de 2010

Módulo Urbano II (MUR)


Tendo em consideração o programa-base definido para o presente trabalho, em que se propunha a criação de um Edifício com a designação de Módulo Urbano (MUR), a construir numa zona de fronteira, optou-se por implantar este equipamento sob o vão do vértice da muralha quadrangular da cidade, criando desta forma o elo de ligação ao conceito "dentro e fora, aqui e além".


Após alguns estudos formais criam-se dois volumes quase ligados, compondo no seu conjunto um cilindro com o intuito de pontuar a centralidade da cidade. A estreita abertura que os separa ligará, visualmente, o interior e o exterior da muralha apelando dessa forma à atenção do transeunte para o facto de existir um além para lá do edifício.

O MUR, em betão armado, não possuirá na sua fachada quaisquer vãos para além da abertura de separação dos volumes, pelo que o acesso ao seu interior será feito por uma porta dissimulada, assim como as janelas. O corpo maior terá integrado um serviço de informações turísticas e venda de bilhetes de eventos a decorrer na cidade, infra-estruturas para exposições, projecção de vídeos e colóquios, e está dividido em dois pisos. O volume mais pequeno apenas terá as instalações sanitárias.

O edifício terá a sua identificação (MUR) impressa em negativo e as paredes exteriores terão acabamento em betão à vista envernizado à cor natural. Junto à porta e orientada para o exterior, será colocada uma vitrina a toda a altura do pé-direito com informações turísticas e o mapa da cidade.


A definição da forma do MUR caracterizou-se por um processo dinâmico, com avanços e recuos, tendo como tela de fundo a preocupação da sua inserção em local que harmoniosamente a contextualizasse. O dinamismo obtido da conjugação simultânea, da alteração da posição do observador, com a simplicidade das formas do edifício, confere registos formais de cumplicidade entre observador, a obra e a envolvente.
autor: Raquel Campos

domingo, 25 de julho de 2010

"Intervenção Amigável"


Este exercício denominado por "Intervenção Amigável" tem a finalidade de interligar três espaços desnivelados existentes entre o edifício da Reitoria, edifício de Pós-Graduação e o patamar envolvente do Bar e Biblioteca por intermédio de rampas facilitando desta forma o acesso aos mesmos por pessoas de mobilidade reduzida.
Sempre com o objectivo de ser o menos invasivo e de uma integração total na envolvente a solução por nós encontrada contraria de certa forma as linhas de força verificadas no local, no entanto permite dessa forma que o acesso se desenvolva em lanços mais curtos possibilitando a quem a percorre mais momentos de descanso, ao reduzir a área de intervenção não existirá necessidade de derrube de árvores, apenas a transplantação de um pequeno arbusto.
A não ortogonalidade do último lanço permite que o desenvolvimento dos movimentos naturais provenientes das escadas se mantenham com um fluxo normal e sejam visualmente direccionados, funcionando desta forma como um elemento captor de pessoas.




autores: Rogério Soares, Raquel Campos e António Silva

sexta-feira, 23 de julho de 2010

Módulo Urbano - MUR


A elaboração deste projecto teve como objectivo principal a criação de um equipamento plurifuncional de carácter urbano, portanto este equipamento deveria dar uma resposta eficaz a uma grande variedade de funções que lhe estão adstritas tal como a venda de bilhetes para espectáculos, posto de informação turística, pequenos espectáculos, eventos, etc.,etc...
Assim para que a resposta pretendida fosse efectiva foram identificadas as seguintes funcionalidades que o equipamento deveria possuir:
• Identificação do equipamento;
• Painel informativo;
• Mapa da cidade;
• Projecções vídeo;
• Palco;
• Área restrita;
• Sanitários públicos.
O local de implantação do equipamento foi definido tendo em conta o espaço urbano onde se interceptam os principais enfiamentos da cidade assim como a configuração da margem ribeirinha, por excelência uma zona de fronteira.
Com esta localização pretende-se que o equipamento tire partido do espaço envolvente explorando os diferentes quadros pictográficos gerados, e criando uma vivência condizente com o programa.


A configuração do equipamento é definida por três corpos que se interceptam segundo a orientação dos eixos da cidade.
Ocupando uma área aproximadamente de 60m2 os corpos em betão armado à vista com a sua forma singular despertam a curiosidade, convidando de forma subtil a sua exploração.
Através das suas três entradas envidraçadas configuram-se três amplas janelas criando uma percepção interior projectada sobre os alinhamentos.
A sala polivalente poderá albergar diferentes eventos como os definidos pelo programa dispondo para tal de uma área de apoio restrita, e sanitários.
Os caminhos de circulação articulados pelos diferentes corpos foram concebidos de forma a propiciar a realização de pequenas exposições.
O átrio principal alberga a recepção e painel informativo interior.
Exteriormente está disponível junto a uma das entradas um painel informativo do tipo digital “touch screen” articulado com os sistema de informação geográfica urbana permite o acesso múltiplos dados.
A identificação do equipamento tira partido do método construtivo pela impressão em negativo da sua designação deixando na superfície do betão um registo de grande dimensão dissimulado na sua textura.

autor: Rogério Soares

quinta-feira, 22 de julho de 2010

Livraria Lello & Irmão

A Livraria Internacional, conhecida por Livraria Chardron,de Ernesto Chardron foi fundada em 1869, na Rua dos Clérigos, nº 96-98, Porto.
O edifício actual da Livraria Lello & Irmão está situado na Rua das Carmelitas, nº 144, Porto, (um projecto do engenheiro Xavier Esteves) e foi mandado construir propositadamente para esse fim.
A fachada, em estilo neogótico, é formada por um arco abatido, sobre a entrada, um conjunto de uma porta central ladeada por duas montras (expositores públicos). Sobre o arco, foi aberta uma janela tripla e por cima desta é de realçar o rendilhado que encima o edifício. Dos lados da janela, sobressaem as figuras pintadas que simbolizam, uma a Arte e a outra a Ciência. O resto da fachada completa-se com ornamentação fitográfica e com o nome da livraria. Por se tratar de um exemplar único do seu estilo, encontra-se classificado como património Nacional.
No interior da Livraria, foi criado um ambiente acolhedor, com uma galeria de acesso à escada ornamental, por entre mesas que servem de expositores de livros. Bancos em madeira revestidos a couro e estantes a toda a altura da sala completam o espaço interior. Os pilares são decorados pelos bustos de homens de letras (Eça de Queirós, Camilo Castelo Branco, Antero de Quental, Tomás Ribeiro, Teófilo Braga e Guerra Junqueiro), cobertos por baldaquinos, rendilhados em estilo gótico.
O tecto, lavrado, é centralizado por um vitral que confere ao ambiente uma luz difusa e aconchegante, onde se pode ler o “L” de Lello e “Decus in Labore”.Este edifício, apesar da sua funcionalidade, trata-se de um ícone da cidade do Porto. Por essa razão a vivencia deste espaço não é somente vivido pelo intelectual que procura um determinado título que lhe falta na sua biblioteca ou pelo estudante que procura um livro que o ajude a formular um trabalho ou até pela avó que quer oferecer um livro de conto ao seu neto, mas além disso, por pessoas que ao passar pela primeira vez pela frente desta livraria, não ficam alheias à sua originalidade e entram para a conhecer, ou por turistas que souberam da sua existência através de um site ou de um folheto turístico. Por este motivo a Livraria Lello tem uma vivência que vai para além do mero comércio de livros, para ter o papel de Galeria de Arte, edifício histórico, local de convívio e de tertúlia.
autor: Raquel Campos

terça-feira, 20 de julho de 2010

Análise de um Percurso Urbano


Quem parte da Praça da Batalha, junto à Igreja de Sto Ildefonso, passando pelo Teatro Nacional S. João em direcção ao Largo 1º de Dezembro, cruza um espaço que explode de vida e aonde tudo acontece. Este espaço pode ser reconhecido como um palco pois todo ele é movimento, ruído, odor, contraste e textura, provocando as mais variadas sensações a quem o percorre.
À medida que vamos progredindo, somos confrontados, com uma visão serial que nos revela uma sucessão de diferentes cenários. Conseguimos assim distinguir uma sequência de contrastes que nos provocam um conjunto de diversas vivências estimuladas por um forte impacto visual. Estas são despertadas não só pela variedade das formas geométricas que vamos descobrindo na paisagem, ou pela falta das mesmas, assim como pelos elementos que se interpõem no nosso campo visual, transmitindo-nos uma sensação de mistério, que vamos desvendando à medida que exploramos o ambiente que nos rodeia, experimentando assim ambiências diferentes em cada espaço que transpomos.
Neste percurso, encontramos uma enorme variedade de texturas que conferem aos espaços uma personalidade e vitalidade próprias, criando uma padronização funcional que são facilmente identificados por quem os utiliza. Para além da padronização funcional a utilização diversificada de texturas é aqui empregue como organizador e delimitador do espaço. Verifica-se também a utilização de pinos que restringem o trânsito automóvel, criando desta forma um código para a sua circulação.
A diversidade de texturas e a harmonia na sua utilização articula e distingue os elementos arquitectónicos envolventes, conferindo expressão aos diferentes espaços e funcionando como elemento de conexão entre a superfície e os edifícios.

autores: koolkase

segunda-feira, 19 de julho de 2010

Catedral Protestante de Dresden - Frauenkirche

A Catedral Protestante de Dresden, Frauenkirche – Igreja de Nossa Senhora construída entre 1726 e 1743, da autoria de Geoge Bähr (1666-1738) durante o reinado de Frederico Augusto I (Friedrich August) e do seu filho Frederico Augusto II, rei da Prússia.
A catedral protestante de Dresden, de estilo barroco tardio, já com influências do rococó, é um bom exemplo de como se pode aplicar uma estrutura católica a uma igreja protestante. A planta quadrangular exterior de aspecto robusto e simétrico contrasta com o interior, de planta circular com balcões, dando-lhe o aspecto de teatro, encimado por uma abóbada no alto de pilares de 18 m, decorada com uma delicadeza de pormenores dos quais se destacam os querubins, os capitéis dourados, os painéis marmoreados e a abóbada com frescos representando os quatro evangelistas e as quatro virtudes.
Esta catedral sofreu uma grande reforma no início do séc. XX, poucos anos antes do bombardeamento dos Aliados, em 13 de Fevereiro de 1945, a que se seguiu um incêndio que levou ao seu colapso dois dias depois. Permaneceu num monte de escombros até um grupo de entusiastas, nos anos 90, começar a arrecadar fundos para o seu restauro. Os trabalhos de limpeza e armazenamento das peças tiveram início em 1993 e o restauro foi finalizado em 2004.
A Frauenkirche é o edifício protestante mais significativo do “Sacro Império Romano-Germânico”, tendo-se tornado num trabalho relevante da arquitectura.
A arquitectura barroca caracteriza-se por sintetizar o dinamismo e a sistematização de formas, em que os espaços apresentam movimento através da plasticidade dos materiais empregues. Uma planta centralizada volta a ter um significado elementar, que retrata os estados absolutistas em que o rei era o centro do poder e da Igreja.
autor: Raquel Campos

domingo, 18 de julho de 2010

Casa de Sísifo I

Deus da mitologia “Sísifo” encarna e desfruta de uma vida terrena, mas, as suas aspirações a uma vida eterna não foram bem recebidas pelos seus superiores. Condenado para a eternidade à rotina de subir a montanha com uma pedra, o seu trabalho rotineiro não tira sentido à sua existência, e reforça capacidade de ver para além do imediatismo da imagem.
Propor um espaço de habitar reflectindo a configuração do movimento como forma de organização das rotinas, desencadeou um processo de estudo cujos resultados, determinaram na génese, a forma apresentada.




Maqueta produzida por mim e que esteve presente na EXPO 2008_09 Arquitectura e Urbanismo que decorreu na Universidade Fernando Pessoa entre os meses de Julho e Setembro de 2009.

autor: Rogério Soares

segunda-feira, 12 de julho de 2010

Oscar Niemeyer - Casa das Canoas

Óscar Ribeiro de Almeida de Niemeyer Soares nasceu no Rio de Janeiro em 15 de Dezembro de 1907. É um dos principais representantes da Arquitectura Moderna Internacional. O seu trabalho explora ao máximo as possibilidades construtivas e plásticas do betão. Dos seus trabalhos mais significativos pode realçar-se os edifícios públicos que desenhou para a Nova Capital, Brasília, entre muitos outros.

Casa das Canoas (1953)
Residência pessoal do arquitecto Óscar Niemeyer, incorpora uma arquitectura com a maioria dos parâmetros do modernismo, com uma abordagem pessoal do autor. Niemeyer opta por uma forma mais orgânica que não seja uma caixa rectangular com transparência máxima, e explora a ligação à natureza.
Nesta casa aponta-se várias similaridades com casas de outros arquitectos. Do organicismo de Frank Lloyd Wright encontramos, nas Casas da Pradaria, a organização interior dos planos em cruz, tendo o eixo junto à lareira, assim como as coberturas com grandes beiradas, para proteger o interior do calor do sol no Verão. A Casa da Cascata desenvolve-se a partir das pedras de uma cascata que são deixadas em bruto junto à lareira. Existe uma porta com a única finalidade de aceder à cascata (ligar à Natureza). Na casa Hemiciclo Solar é criada uma ligação entre o interior e o exterior com uma piscina circular que entra na sala de estar, sendo dividida pela janela. Como materiais de construção utilizava além do betão, materiais locais.

Maqueta virtual
No âmbito da disciplina de Computação Gráfica foi executada uma maqueta virtual, que serviu como base à exportação de imagens a serem utilizadas num painel.


autor: Raquel Campos